Crianças precisam fazer dieta? Alimentação na infância
Primeiramente, é importante esclarecer que, a menos que a criança esteja muito acima do peso recomendado para sua idade e altura, não é necessário adotar dietas com restrições. No entanto, é fundamental ensinar hábitos saudáveis desde cedo, pois essas práticas tendem a permanecer na vida adulta.
Por exemplo, crianças expostas a alimentos ultraprocessados nos primeiros anos têm maior probabilidade de manter esse padrão alimentar. De acordo com um estudo publicado pelo Ministério da Saúde do Brasil, crianças com sobrepeso têm 75% de chance de se tornarem obesas na adolescência, enquanto adolescentes obesos têm 89% de chance de permanecerem assim na fase adulta. Portanto, a base para uma vida saudável começa na infância.
Como Criar Hábitos Alimentares Saudáveis?
1. Seja um bom exemplo
Em primeiro lugar, as crianças imitam os comportamentos dos adultos. Assim, se você come de forma equilibrada, é mais provável que elas sigam o mesmo caminho. Além disso, evite comentários sobre dietas restritivas. Em vez disso, foque em explicar como uma alimentação variada fortalece o corpo e a saúde.
2. Ofereça alimentos naturais
Comece por incluir frutas e vegetais coloridos nas refeições. Quanto mais variedade, maiores as chances de a criança se interessar por esses alimentos. Em seguida, substitua grãos refinados por integrais (arroz integral, pães integrais) e priorize proteínas magras (frango, peixe, ovos). Por fim, evite produtos industrializados, já que eles são pobres em nutrientes e de prioridade para os alimentos naturais!
3. Crie uma rotina de refeições
Para garantir uma alimentação organizada, estabeleça horários fixos para as refeições. Além disso, priorize momentos em família à mesa. Essa prática, além de fortalecer vínculos, estimula a criança a experimentar novos alimentos! Isso porque, a criança se sente mais confortável ao lado das pessoas que ama.
4. Limite alimentos ultraprocessados
Doces e refrigerantes devem ser consumidos apenas ocasionalmente. Portanto, substitua-os por opções naturais, como frutas frescas ou smoothies. Dessa forma, você reduz a exposição da criança a açúcares e aditivos químicos. Lembre-se: se a criança não conhece um alimento, dificilmente sentirá vontade de experimentá-lo.
5. Incentive a autonomia alimentar
Para começar, envolva a criança no preparo das refeições. Isso não só aumenta o interesse por alimentos saudáveis, mas também ensina habilidades práticas. Ao mesmo tempo, respeite os sinais de saciedade dela. Afinal, forçar a comer pode criar uma relação negativa com a comida.
6. Eduque sobre a alimentação
Explique, de forma lúdica, como os nutrientes beneficiam o corpo. Por exemplo: “O brócolis dá força como o Super-Homem!”. Assim, a criança associa a comida a algo positivo. Além disso, permita que ela escolha entre opções saudáveis, como qual fruta comer no lanche.
7. Seja paciente e não desista
Primeiro, entenda que pode levar 10 a 15 exposições até a criança aceitar um novo alimento. Por isso, não desista após a primeira recusa. Além disso, use criatividade: corte frutas em formatos divertidos ou monte pratos coloridos.
8. Atividade física
Aliada à alimentação, a movimentação é essencial. Por isso, inclua brincadeiras ao ar livre, passeios de bicicleta ou dança na rotina. Dessa maneira, a criança associa saúde a prazer.
9. Evite a comida como recompensa
Em vez de oferecer doces como prêmio, incentive recompensas não alimentares, como um passeio no parque ou uma história antes de dormir. Desse modo, você evita que a criança relacione emoções a alimentos pouco saudáveis.
Conclusão
Em resumo, a alimentação infantil não deve ser focada em restrições, mas sim em educação e hábitos sustentáveis. Com paciência e consistência, é possível formar uma base sólida para que a criança cresça saudável e consciente. Lembre-se: pequenas mudanças hoje podem impactar positivamente por toda a vida.